ALEGRAR-SE COM A FÉ
A fé dá alegria. Se Deus não está presente, o mundo desertifica-se e tudo se torna aborrecido, tudo é completamente insuficiente. Hoje, vê-se bem como um mundo sem Deus se desgasta cada vez mais, como se tornou um mundo sem nenhuma alegria. A grande alegria vem do facto de existir o grande amor, e é essa a afirmação essencial da fé. Você é alguém indefectivelmente amado. Foi por isso que o cristianismo encontrou a sua primeira expansão sobretudo entre os fracos e os que sofriam.
Pode-se dizer que o elemento fundamental do cristianismo é a alegria. Não me refiro à alegria no sentido de um divertimento qualquer, que pode ter o desespero como pano de fundo; como sabemos, muitas vezes o divertimento é a máscara do desespero. Refiro-me à verdadeira alegria. É uma alegria que está presente numa existência difícil e torna possível que essa existência seja vivida. A história de Cristo começa, segundo o Evangelho, com o Anjo que diz a Maria: "Alegra-te!" Na noite do Natal, os anjos dizem outra vez: "Eis que vos anunciamos uma grande alegria". E Jesus diz: "Anuncio-vos a Boa Nova". Portanto, o núcleo de que aqui se trata é sempre: "Anuncio-vos uma grande alegria. Deus está presente, sois amados, e isso está estabelecido para sempre".
(Cardeal Joseph Ratzinger em ‘O sal da terra’ págs. 23-24)

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